sábado, 25 de agosto de 2007

Pobre português...

Por indicação do Léo, acabo de ler uma pequena crônica bem interessante sobre a “indigência lexical” (http://www.releituras.com/ne_freynol_vendedor.asp). Imediatamente isto me lembrou alguns comentários, que talvez alguns possam acusar de puristas ou ortodoxos, sobre o uso intenso e extenso de estrangeirismos no dia-a-dia. O mais irônico de tudo, é fazer esses comentários postando um “post” no "blog”!!!! Com muitas destas incorporações espontâneas já estamos assaz acostumados, no entanto algumas parecem extrapolar o bom senso e embasar a idéia sustentada por Inara de que existem em nosso país cada vez mais analfabetos bilíngües ou poliglotas! Não me refiro tanto ao emprego de termos que aludem a adventos ainda sem tradução, inovações tecnológicas que ainda não têm um termo vernáculo para designá-los. Por exemplo, acho um pouco exagerado chamar o mouse de rato, ainda mais para os surifóbicos! Mas quando dispomos de palavras para tanto, parece-me algo ridículo. Gostaria de citar duas experiências recentes. A primeira delas foi recorrente em aulas de ioga. Pratico (de quando em vez) ioga há quase sete anos e, no início, os professores sempre chamavam a esteira de esteira. De uns tempos para cá, no entanto, sempre ouço que a chamam de mat (ou, em prol da veracidade do relato, de méte). Algumas vezes desempenhei o papel de chato e tirei um sarro da palavra com alguma piada grosseira como "méte o quê?" (desculpem-me os mais pudicos). Mas em geral, calo-me e consinto. O segundo exemplo é ainda pior, ocorreu em uma reunião com executivos que presenciei por uma dessas estranhezas da vida. Em um momento, um dos altos executivos da empresa tenta lembrar-se de uma palavra para referir-se ao orçamento e finalmente, após certo esforço, diz: "budget". Ainda sob o efeito da estupefação da lembrança, comenta para nós: “Estranho, no português não temos uma palavra para budget”. Timidamente retruquei que poderíamos usar "orçamento" ou "verba", ao que me torceu um pouco o nariz e completou: "Não, não é a mesma coisa". De fato, não é o mesma coisa, uma palavra é em português e outra em inglês! O rico conceito de “budget” foi incorporado em detrimento do pobre “orçamento” (curioso trocadilho), bem como milhares de outros termos e siglas que simplesmente são transpostas ao português por mera preguiça (ignorância) de buscar o termo vernáculo... fazer o que?!? Para concluir em bom português, andá a cantarle a Gardel!!! :)

5 Comentários:

Às 28 de agosto de 2007 às 12:39 , Blogger Dan Rozenfarb disse...

Veo que al fin estás mejorando con el portugués

 
Às 28 de agosto de 2007 às 15:14 , Blogger Jec disse...

jajajajajajajajaja!!!!!!!

 
Às 30 de janeiro de 2009 às 15:50 , Blogger Luciane Godinho disse...

Olha, tu fazes Ioga? Sei que éalgo bem, bem diferente,mas tens algum livro sobre contorcionismo para me indicar? Grata,

 
Às 30 de janeiro de 2009 às 15:52 , Blogger Luciane Godinho disse...

posso deslocar e girar em um ângulo de 360º os dois braços, girar a coluna em 180º, colocar as duas pernas atrás da cabeça (sem ajuda) e mover a coluna ao máximo para trás e para frente (como os outros) a ponto de poder beijar minhas próprias nádegas. Gostaria de saber se tenho mesmo os requisitos.

 
Às 30 de janeiro de 2009 às 15:53 , Blogger Luciane Godinho disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk..é brincadeira...kkkkkkk...Mas, a indicação dolivro é sério.

 

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