domingo, 14 de setembro de 2014

Um argumento matemático para o respeito no trânsito


Ao andar pelo trânsito de São Paulo, tem-se a nítida impressão de que, na opinião de cada motorista, ele ou ela é a pessoa mais importante do mundo e de que a sua pressa é mais importante que a dos demais.

O que proponho aqui corre o risco de ser taxado de john-lennoniano, utópico, até hippie, mas na verdade é um argumento puramente matemático:

Idealmente cada motorista deveria dirigir como se o outro (outro motorista, pedestre, ciclista) fosse a pessoa mais importante do mundo. O que muda? Por que digo que se trata de um argumento matemático? Vejamos:

No primeiro modelo, quando “eu-motorista” me considero a pessoa mais importante do mundo, “eu-motorista” serei o mais importante do mundo para apenas 1 pessoa, andando no meio de vagas de outros “eu-motoristas” que também são importantes apenas para 1 pessoa.

No segundo modelo, quando “eu-motorista” considero o outro a pessoa mais importante do mundo, “eu-motorista” serei o mais importante para milhares (milhões) de pessoas, o mesmo acontecendo com cada um dos demais “eu-motoristas”.

O ganho matemático é inquestionável! De ser o mais importante do mundo para 1 pessoa, “eu-motorista” passo a ser o mais importante para milhares (milhões). Talvez assim, as pessoas tão habituadas a guiar-se por critérios estatísticos e de produtividade, possam aceitar uma mudança de conduta e paradigma!

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