Um argumento matemático para o respeito no trânsito
Ao andar pelo trânsito de São Paulo, tem-se a nítida
impressão de que, na opinião de cada motorista, ele ou ela é a pessoa mais
importante do mundo e de que a sua pressa é mais importante que a dos demais.
O que proponho aqui corre o risco de ser taxado de
john-lennoniano, utópico, até hippie, mas na verdade é um argumento puramente
matemático:
Idealmente cada motorista deveria dirigir como se o outro (outro
motorista, pedestre, ciclista) fosse a pessoa mais importante do mundo. O que
muda? Por que digo que se trata de um argumento matemático? Vejamos:
No primeiro modelo, quando “eu-motorista” me considero a
pessoa mais importante do mundo, “eu-motorista” serei o mais importante do
mundo para apenas 1 pessoa, andando no meio de vagas de outros “eu-motoristas”
que também são importantes apenas para 1 pessoa.
No segundo modelo, quando “eu-motorista” considero o outro a
pessoa mais importante do mundo, “eu-motorista” serei o mais importante para
milhares (milhões) de pessoas, o mesmo acontecendo com cada um dos demais “eu-motoristas”.
O ganho matemático é inquestionável! De ser o mais
importante do mundo para 1 pessoa, “eu-motorista” passo a ser o mais importante
para milhares (milhões). Talvez assim, as pessoas tão habituadas a guiar-se por
critérios estatísticos e de produtividade, possam aceitar uma mudança de
conduta e paradigma!
Marcadores: trânsito bicicleta comportamento respeito
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