quinta-feira, 9 de junho de 2011

Deputado propõe lei para proibir impressão de novos livros

O deputado Francisco Aurelino da Matta do PV de Courilândia propôs nesta quinta-feira um projeto de lei para proibir a impressão de novos livros. Da Matta alega que a continuidade na produção de livros em pleno século XXI é um disparate e os custos ambientais não são justificados pelos benefícios oferecidos pela indústria livreira. "Sejamos francos, ninguém mais lê nos dias de hoje, então por que continuar com o desmatamento desenfreado para atender somente a uma parcela mínima da população? O custo ambiental não se justifica." – argumentou o deputado em entrevista exclusiva. O projeto que deverá ser votado na próxima semana ainda precisa de alguns ajustes segundo o representante do PMDB, maior bancada da casa, mas tem um grande potencial. Dentre os ajustes apontados, encontram-se alguns tópicos controversos como os que envolvem a publicação de livros didáticos. Enquanto o autor da proposta pede uma proibição radical, outros mais moderados defendem que é importante diferenciar entre as categorias de livros e estender a proibição somente para livros literários, artísticos e de outras naturezas supérfluas. A princípio, portanto, não estariam incluídos livros didáticos, dicionários e guias. A preocupação dos defensores do projeto, no entanto, é que haja uma migração em massa de escritores de literatura para o setor de educação e sejam publicados inúmeros livros didáticos com conteúdo literário tácito ou, ainda, guias rodoviários com versos ocultos. Para os que se preocupam com o destino dos clássicos, o deputado esclarece que, com o advento dos microchips e das tecnologias de miniaturização, será possível preservar os clássicos em pequenos suportes eletrônicos que não poluem e não ocupam um espaço desproporcional como obras como Anna Karenina e Guerra e Paz. “Mesmo em relação aos clássicos devemos ser criteriosos na seleção, acredito que devemos limitá-los a um número máximo de cem obras escolhidas por uma comissão de notáveis para não abarrotar também as bibliotecas virtuais com futilidades” – acrescentou Da Matta. Embora o projeto ainda esteja em discussão, seus apoiadores se mostram otimistas e consideram a sua possível aprovação um grande avanço na preservação do meio ambiente e, por que não, da sanidade da população.

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