domingo, 12 de abril de 2009

sobre pedras


O tempo inscrito sobre pedras
Intimida as mais destemidas almas
Lembro quando corria
Desafiando as torrentes de carros
Nas artérias entupidas desta cidade insana
O tempo reinava absoluto
Inclemente, mas invisível
Hoje tenho tempo...
Um tempo que não gira enclausurado no relógio
um tempo que caçoa... se inscreve sobre as pedras
se inscreve sobre o corpo

1 Comentários:

Às 20 de abril de 2009 às 22:53 , Blogger Luciane Godinho disse...

É tão lindo o que diz este poema, porque é uma espécie de consciência nostálgica. Passa-me uma sensação de beatitude. Foda-se o relógio né? Pelo menos até que, como diz Nietzche,o vento sopre pelo orifício da fechadura e diga-nos: “Anda!”...intensos.
Bj!

 

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial