segunda-feira, 15 de março de 2010

Em virada espetacular, equipe masculina derrota a feminina na noite de sábado


Equipe vencedora exibe o troféu Imagem e Ação
(em pé, Maurício, Felipe e Mario, agachados, Pablo e Javier)


Neste sábado, dia 13, a equipe masculina de Imagem e Ação, formada por Felipe, Maurício, Javier, Pablo e Mario, derrotou de virada o time feminino. Antes mesmo do início da contenda, não faltaram momentos de emoção e virtuosismo dos jogadores. Durante a explicação das regras, Felipe brindou aos espectadores uma brilhante demonstração de suas habilidades ao ilustrar como faria para interpretar Mikhail Gorbachev. Sem hesitar, apontou para uma mancha imaginária em sua testa e, em seguida, empreendeu uma irretocável performance de sapateado russo que imediatamente trouxe a mente de todos a palavra Perestróica, bem como um grande acesso de risos.
Apesar das comprovadas habilidades miméticas de Felipe, no entanto, a equipe feminina composta por Vânia, Priscila, Paula, Paula e Inara teve uma arrancada avassaladora, diante da perplexidade da equipe adversária que mal tinha tempo de esboçar qualquer reação. Enquanto Felipe, em uma coreografia mista de Rebolation com Olha a Onda, tentava ilustrar ondas do mar para fazer com que seus companheiros adivinhassem a palavra Plataforma, Paula Cencig, utilizou-se das artimanhas femininas e mostrou o salto plataforma de um sapato. Sua equipe não tardou nem meio minuto para anunciar a enigmática palavra. O que parecia ser um massacre continuou quando na rodada seguinte, Maurício, com incipiente conhecimento da regra fez sua mímica voltado para a equipe adversária que novamente venceu sem que os homens, boquiabertos, tivessem a chance de entender sequer do que se tratava. Sucessivas rodadas de vitórias femininas apontavam para um desfecho melancólico para a equipe do gênero que tanto se gaba pela quantidade de prêmios Nobel recebidos. Contudo, uma rápida reação permitiu que os homens encostassem na equipe das mulheres à altura intermediária do tabuleiro, dando-lhes um novo alento. Aparentemente mordidas com a reação, as mulheres tomaram novo impulso, distanciando-se novamente com destaque para a obscena representação de Paula Cencig da palavra Virgem, que Priscila desvendou em meio a gargalhadas. As palavras pareciam favorecer as mulheres relacionando-se a acessórios do universo feminino e a vitória parecia inevitável, ainda mais quando confusões linguísticas faziam com que Pablo tomasse Galho por Galo e, misteriosamente, batesse asas e cocoricasse para representar um ramo de árvore. Assim, a equipe feminina chegou à última casa do tabuleiro enquanto os homens amargavam um estancamento no meio do percurso. Bastava acertar uma palavra para levar o triunfo e os três pontos para casa, o menosprezo pelos adversários e as chacotas já abundavam, mas como se diz no jargão do Imagem e Ação, o “jogo só termina quando acaba" ou "Imagem e Ação é uma caixinha de surpresas", e a vitória não veio. Os homens retomaram o bastão em uma rodada tensa e, em uma sequência de acertos frenéticos, chegaram à casa final ao lado de suas adversárias. A tensão pairava no ar. Todos deveriam jogar, se os homens acertassem consolidar-se-ia a vitória e a virada histórica. Se as mulheres triunfassem, teriam nova chance de vencer. A rodada iniciou com Pablo e Paula encenando a letra O (Objeto, Pessoa ou Animal). Pelas conversas preliminares, todos sabiam tratar-se de um animal. Em menos de dez segundos, as duas equipes gritaram “Leão". Como não podia faltar a polêmica, as mulheres alegavam ter gritado antes, enquanto os homens comemoravam ostensivamente na tentativa de influenciar a decisão da árbitra, Cynthia Graner da Silva P-I-N-T-O. Priscila, por outro lado, tentava argumentar que tinha gritado primeiro, sem perceber que errara no animal e tomara o Panthera leo por Panthera tigris (vulgo tigre). A despeito dos suspeitos laços de parentesco da árbitra com integrantes da equipe feminina e do inegável pertencimento ao gênero, que poderia conduzir a uma decisão corporativista, esta ordenou a repetição da rodada. Fazendo jus à cidade que hospedou o evento, a palavra derradeira, Tietê, ofereceu pouca dificuldade às equipes que apostaram em expressões faciais de nojo. No entanto, a expressão de Pablo foi mais eficiente e Felipe, de forma incontestável desta feita, gritou, para decretar o triunfo, o nome do mal fadado rio, fazendo desmoronar de vez a soberba da equipe feminina que julgava impossível uma derrota naquela altura.

Outros momentos insignes

Priscila Graner com impressionantes conhecimentos de música popular grita certeiramente Vinícius de Moraes enquanto os homens balbuciavam Bossa-nova.

Inara Cencig, em uma demonstração de um amor conjugal maior que o apego pela vitória, entrega a palavra enigma, quando a equipe masculina debatia-se contra um branco generalizado que a impedia de adivinhar Camelô, mesmo quando Javier, após imitar a venda de objetos na rua, preparava-se para demonstrar as corcovas de um camelo.

A obscena representação de Paula de uma Virgem mostrou-se muito mais eficiente que a atuação mais pudica de Felipe.
Resignadas, mulheres recebem o prêmio Joinha e Continue Participando (Inara com Pepito no colo, Paula, Paula Cencig, Vânia e Priscila)

A calma de Mario Cencig permitiu que palavras difíceis como Baforada e Leiloeiro fossem rapidamente adivinhadas. Sua concentração também impressionou quando mesmo após o acerto de seus companheiros continuou com a mímica.

Apesar dos inúmeros esforços de Vânia, a equipe feminina, após citar todo e qualquer tipo de curso possível, de graduação a pós-doc e de MBA a especialização in-situ, viu o tempo esgotar-se antes de adivinhar a palavra Curso.

Maurício como mímico revelou-se um ótimo fotógrafo.

A dupla de Paulas mostrou também grande entrosamento além da própria homonímia.

Cynthia impressionou por sua imparcialidade enquanto árbitra oficial da FIIA.