Solilóquios (Ou estultilóquios)
Atreito aos solilóquios Que outra vocação se não a poesia Ou a poetagem? Dócil, é pelo medo... Não o medo que se infiltra nas veias dos mais valorosos O medo inexpressivo, pois é hábito E o hábito não conta... Espreita os ouvidos... à janela São os sons da noite insone Conversinhas de fim de noite Ligeiramente inebriadas Quase ousadas... Por que não ver as fotos antigas? Sempre o são... O passado parece tão melhor... Não foi... mas hoje sabe melhor...
domingo, 12 de abril de 2009
sobre pedras
O tempo inscrito sobre pedras
Intimida as mais destemidas almas
Lembro quando corria
Desafiando as torrentes de carros
Nas artérias entupidas desta cidade insana
O tempo reinava absoluto
Inclemente, mas invisível
Hoje tenho tempo...
Um tempo que não gira enclausurado no relógio
um tempo que caçoa... se inscreve sobre as pedras
se inscreve sobre o corpo
Intimida as mais destemidas almas
Lembro quando corria
Desafiando as torrentes de carros
Nas artérias entupidas desta cidade insana
O tempo reinava absoluto
Inclemente, mas invisível
Hoje tenho tempo...
Um tempo que não gira enclausurado no relógio
um tempo que caçoa... se inscreve sobre as pedras
se inscreve sobre o corpo